Esse filme quase todo mundo já viu! Mas mesmo assim, merece um post. Quando Eu Sou a Lenda saiu, eu fiquei sem grandes expectativas afinal, com um nome idiota e narcisista desses, apostava que se tratava de mais um daqueles filmes blockbusters cheios de efeitos especiais, propagandas e de roteiro fraco. Mas não era! Tem uma estória consistente e tirando alguns exageros, obviamente, é bem palpável.
O filme se passa em 2012 e o protagonista do filme (interpretado por Will Smith) é o virologista / cientista militar Dr. Neville que vive sozinho em Nova York como a única pessoa que não foi infectada por um vírus, surgido pouco tempo antes, desenvolvido em laboratório para combater o câncer e com transmissão pelo ar. O grande problema é que o tal vírus deu uma "contra-indicação" danada no resto da cidade inteira, que, surgindo com sintomas parecidos com os da raiva, faz com que as pessoas infectadas tenham alergia a luz do dia, batimentos acelerados (e metabolismo acelerado também, não me lembro com certeza dessa parte), além de criarem um comportamento selvagem. Portanto, durante o dia o Dr. Neville fica isolado na cidade e durante a noite, ele se tranca em casa, que é quando os infectados saem.
Como Dr. Neville fazia parte da equipe que descobriu o tal vírus, ele trabalha fazendo experiências com o próprio sangue em busca da cura da doença, uma vez que ele não contraiu e nem sabe explicar o porquê. Esse filme é uma agonia danada porque foi criado um clima tão bem feito neste filme, que prende a atenção da gente de um jeito que não dá pra escapar. É muito bem trabalhado inclusive o lado psicológico do personagem, afinal, ele está sozinho há um bom tempo, apenas com a companhia do seu fiel cachorro (que também se mostra imune a transmissão do vírus pelo ar). Como ele é provavelmente o único imune em muitos quilômetros, ele cria uma rígida rotina, inclusive transmitindo uma mensagem diária para quem pudesse ouvir e entrar em contato.
O filme teve um marketing pesado e uma bilheteria considerável. Mas como isso não conta tanto na hora que estamos na frente da tela (pelo menos, eu encaro assim), o filme segura mesmo.
Origem:
Fui alertado depois de já ter postado sobre o filme de que na verdade ele é um remake de um filme antigo (obrigado, Vanuza), que eu ainda não vi... tropecei na bola dessa vez! Então vamos a correção: Tudo começou em 1954 com o livro "I Am a Legend" de Richard Matheson. Dez anos mais tarde foi lançada a primeira adaptação para o cinema, que tinha no elenco o então mestre do terror, Vincent Price, no filme "Os Mortos que Matam" (The Last Man on Earth). Em 1971, foi a vez de Charlton Heston protagonizar a segunda adaptação, no filme "A Última Esperança da Terra" (The Omega Man).
Como era de se esperar, os três filmes tem diferenças importantes, sendo que o primeiro é o que mais se aproxima do livro. São diferenças bem compreensíveis, se considerarmos a distância temporal entre eles. Em "Eu Sou a Lenda", podemos supor que o filme é mais um remake do "A Última Esperança da Terra", do que um filme a partir do livro.
Vejam o trailer e tirem suas conclusões, como sempre.
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