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Vejamos melhor a teoria na prática. Há alguns anos, depois de diversas pesquisas e estudos, foi comprovado que a população de pele negra ou parda era a porcentagem que menos tinha acesso à educação superior. Para corrigir isto, foi criada a lei de cotas raciais... a essência da lei é por uma boa causa, mas ela não atende completamente o seu propósito e mais, ainda causa problemas indiretos. Explicando melhor, ao colocar cotas raciais para que universidades separem uma porcentagem de vagas para estas pessoas, nas entrelinhas subentende-se que é o mesmo que dizer que pessoas negras ou pardas têm menos capacidade intelectual do que os demais.
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Outro exemplo: Recentemente vi uma notícia num telejornal falando de um aparelho ultra-moderno que identifica se numa prisão existem celulares em atividade, solucionando assim o problema dos crimes através de telefones celulares pelos detentos. Com certeza foi gasto muito dinheiro, tempo e pessoal para desenvolver esta engenhoca. É claro que o propósito da idéia é muito boa, mas basta pensar um pouco mais pra concluir... se há celulares nas cadeias, eles chegam lá como? Sem contar que os aparelhos são recarregados em algum lugar lá dentro, pois, celular com bateria descarregada não funciona. Percebem o problema?
Infelizmente não estamos imunes às leis estabanadas que são aprovadas em todo canto do país, num universo de leis em vigor que ultrapassam as 100 mil. É nas cidades (principalmente, as pequenas cidades) onde surgem as verdadeiras pérolas do nonsense. Certa vez a revista Mundo
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Se há algum consolo nisto, leis até mais bizarras do que as nossas surgem em toda parte do mundo e não são nem de longe uma exclusividade. Talvez este recorde pertença aos Estados Unidos, onde Estados e até municípios tem autonomia para criar legislações próprias, de onde aparecem verdadeiras idiotices, como no município de Chico, na Califórnia, onde quem fosse o responsável por explodir uma bomba nuclear em seu território teria de pagar uma multa de 500 dólares... só resta saber pra quem!! Em municípios da França (Le Lavandou) e da Espanha (Lanjaron), por exemplo, já foi decretado que era proibido morrer devido a superlotação do cemitério local, medida válida até que um novo local fosse providenciado... enquanto isso, seus habitantes deveriam tomar mais cuidados com a saúde para não falecerem, o que seria uma violação da lei. *
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Mas enfim, o combate do problema focando apenas sua conseqüência ao invés da causa é algo mais comum do que parece e também não é uma exclusividade das autoridades. Talvez seja por conta de atitudes tomadas no impulso, sem uma pausa para refletir melhor (ou em certos casos, sem um mínimo de reflexão). É o mesmo que criar uma comoção para adquirir um balde, achando que assim o problema da goteira está finalmente resolvido!
(*) Fonte: Revista Super Interessante (edição 172 - janeiro de 2002)