quarta-feira, 3 de setembro de 2008

- Trailer - Pequena Miss Sunshine -

Cá estamos de novo pra falar de cinema e confesso que demorei mais do que deveria pra falar sobre esse filme. Pequena Miss Sunshine é um filme independente, divertido e altamente crítico, daqueles que a gente começa a assistir meio desconfiado e quando percebe, já está preso à trama.

O filme conta a história de uma família americana de classe média e cheia de problemas. O personagem central é a caçula Olive, que tem como grande meta participar e vencer os concursos infantis de beleza que surgem, mesmo estando fora dos padrões. O interessante da trama é que cada integrante da família tem o seu próprio drama. O pai da família, Richard, vende um programa de auto-ajuda criado por ele mesmo, mas que até o momento não consegue o sucesso esperado. A mãe, Sheryl, está no seu segundo casamento e tenta de todo modo administrar a família dentro da normalidade. O avô foi expulso de uma casa de repouso por uso de drogas (sem contar os atos de libertinagem) é o encarregado de treinar diariamente a pequena Olive. O tio Frank, irmão de Sheryl, é um homossexual que recentemente havia tentado se suicidar e vai se recuperar na casa da irmã. O irmão mais velho de Olive, Dwaine, tem como sonho ser piloto de aviões de caça e para conseguir a permissão da família, faz voto de silêncio já há muito tempo.

A trama tem início com o concurso de beleza infantil "pequena miss sunshine", que Olive consegue se classificar e enxerga nesse evento uma oportunidade imperdível, mas o grande problema é que o concurso fica na Califórnia e eles estão no Novo México. Depois de muita negociação, todos resolvem levar Olive para o tal concurso no carro da família (uma antiga Kombi amarela) numa viagem de três dias, onde muita coisa inesperada acontece a todos.

A grande crítica do filme é sobre a influência que os concursos de beleza infantil dos Estados Unidos tem nas meninas, fazendo com que se tornem como pequenas adultas, obcecadas pela estética e quase sempre adotando um modelo pasteurizado de beleza. Alguns outros pontos delicados são abordados no filme, o que o torna ainda mais interessante. Apesar do filme ter demorado cinco anos para ser concluído por conta de problemas financeiros, conseguiu grande reconhecimento do público e diversos prêmios, como o Oscar de melhor roteiro original e melhor ator coadjuvante, além de ter concorrido para a premiação de melhor filme e melhor atriz coadjuvante, sem contar outras premiações que conquistou.

A grande curiosidade do filme é o ator Steve Carrell (de "O virgem de 40 anos" e "A volta do Todo Poderoso"), o tio Frank, que no início das fillmagens não passava de um desconhecido em Hollywood e, durante a produção de Pequena Miss Sunshine, lançou o Virgem de 40 anos que se tornou um sucesso.

Pra quem ainda não viu, fica a dica... e o trailer.


Caso não consiga ver o trailer, clique aqui.




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3 comentários:

  1. "Encantamento" é?Rssss...Só eu e Deus sabemos o que passamos, mas são águas passadas. Querido, sabes que só comento com calma, volto amanhã bem calminhaaaaaa.
    Linda noite!Bjs

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  2. Voltei, amigo!
    Li sua resenha e ali estão os "valores" tão caros à América: a beleza supercial; a infância perdida e a decrepitude moral por toda a parte, sem falar na ferrenha competição, essa coisa absurda que tentam impor por aqui também, nos países que chamam subdesenvolvidos, em quê? Nunca consegui saber...Ótima escolha!Bjs

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  3. Malcriado, uma outra curiosidade é que este filme é inspirado/baseado no filme argentino "Família Rodante", muito bacana por sinal. E beeeem diferente do americano, claro.
    Um abraço.

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