quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Formas diferentes de se fazer um desenho

Se tem uma coisa insistente no imaginário popular é o tal do clichê. Coisas como ter carnaval no país todo, que só faz calor no nordeste, mexicano que anda com sombreiro, gaúcho de bombacha e outras coisas que nem sempre correspondem a realidade. Um destes clichês que ainda persiste na cabeça de muita gente é a de que para fazer uma obra de arte é preciso utilizar um material profissional específico para isto e sem ele, não é possível porque não fica bom... o que é uma tremenda bobagem, como vários artistas já provaram, como é o caso do artista Vik Muniz, apenas para citar um!

O vídeo de hoje prova que esse clichê é pura balela. E prova de uma forma bem criativa! São desenhos feitos das formas mais inusitadas possíveis, usando por exemplo, salgadinhos cheetos. E o resultado fica fantástico.



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E aproveitando a oportunidade, fica aqui os meus votos de um super Feliz Natal e um 2010 bem próspero para todos os que sempre (ou eventualmente) passsam por aqui.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Os males da vida moderna

Quando a criatividade mostra sua força

No maravilhoso mundo moderno onde tudo é simplificado ao máximo e o esforço é quase sempre o mínimo possível, os efeitos colaterais são bem fáceis de ser observados no nosso dia a dia, como por exemplo, nos flagrar indo de carro para um lugar que daria tranquilamente para ir a pé, ou então deixar de fazer alguma coisa por causa de um mínimo de esforço físico apenas porque tem alguma saída mais cômoda, como por exemplo, deixar de subir as escadas convencionais quando tem a opção de uma escada rolante ou um elevador. Talvez por conta dessa preguiça crônica por consequência dessa lei do menor esforço, existe hoje um índice alarmante de pessoas obesas, crianças com colesterol altíssimo, enfim, as conhecidas contra-indicações de uma vida sedentária.

Observando isto, um grupo sueco (acho que são suecos), apoiados pela Volkswagen criaram a Fun Theory (Teoria do Divertimento), que prega que fazer coisas simples de modo divertido é a melhor maneira de mudar o comportamento das pessoas para melhor. No site deles, tem alguns vídeos que mostram a reação das pessoas nestas intervenções super criativas, que, segundo eles próprios, "pelo meio ambiente ou por algo totalmente diferente... a única coisa que importa é que se mude para melhor". E aqui vão dois vídeos muito legais que provam esta teoria deles.

No vídeo abaixo, eles provam que subir as escadas pode ser muito mais divertido do que pegar o elevador ou subir as escadas rolantes, além de fazer muito mais bem para a saúde. E dá resultado, como você poderão ver no vídeo abaixo.


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No vídeo abaixo, eles inventaram uma maneira muito divertida de fazer com que as pessoas joguem o lixo na lixeira, ao invés de jogar no chão, algo tão simples, mas que ainda assim há quem o faça.


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Visitem o site "The Fun Theory"... eles aceitam sugestões (em inglês) e é realmente muito legal!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Boa ação pela metade

Quando uma coisa parece boa, até que...

De uns anos pra cá, principalmente diante das notícias, venho observando a curiosa genialidade das leis deste país. Certa vez, o político, matemático e filósofo galês Bertrand Russell (1872 / 1970) disse que “os cientistas se esforçam para tornar possível o impossível e os políticos, por fazer do possível algo impossível”. Buscando solucionar (ou minimizar) problemas sociais, homenagear pessoas e etc, os políticos e autoridades apresentam propostas que a princípio se mostram boas, mas que tem sérias deficiências. São inegáveis suas boas intenções, mas quase sempre são boas ações feitas pela metade, na melhor das hipóteses.

Vejamos melhor a teoria na prática. Há alguns anos, depois de diversas pesquisas e estudos, foi comprovado que a população de pele negra ou parda era a porcentagem que menos tinha acesso à educação superior. Para corrigir isto, foi criada a lei de cotas raciais... a essência da lei é por uma boa causa, mas ela não atende completamente o seu propósito e mais, ainda causa problemas indiretos. Explicando melhor, ao colocar cotas raciais para que universidades separem uma porcentagem de vagas para estas pessoas, nas entrelinhas subentende-se que é o mesmo que dizer que pessoas negras ou pardas têm menos capacidade intelectual do que os demais. Isso sem contar que vivemos num país miscigenado, onde o simples fato de se identificar como pertencente de uma “raça” não é uma coisa fácil! Aliás, a única raça que existe entre nós, é a raça humana e a cor de pele não muda isto… fato comprovado cientificamente. Com isto, o preconceito é até potencializado. Mas, se observarmos direito a população com baixo poder aquisitivo, veremos que a porcentagem de negros e pardos é bem maior, ou seja, a maior parte destes são pobres. Portanto, não seria muito melhor criar uma lei que estabelecesse cotas sociais (para pessoas com baixo poder aquisitivo) ao invés de raciais? Talvez fosse mais eficaz.

Outro exemplo: Recentemente vi uma notícia num telejornal falando de um aparelho ultra-moderno que identifica se numa prisão existem celulares em atividade, solucionando assim o problema dos crimes através de telefones celulares pelos detentos. Com certeza foi gasto muito dinheiro, tempo e pessoal para desenvolver esta engenhoca. É claro que o propósito da idéia é muito boa, mas basta pensar um pouco mais pra concluir... se há celulares nas cadeias, eles chegam lá como? Sem contar que os aparelhos são recarregados em algum lugar lá dentro, pois, celular com bateria descarregada não funciona. Percebem o problema?

Infelizmente não estamos imunes às leis estabanadas que são aprovadas em todo canto do país, num universo de leis em vigor que ultrapassam as 100 mil. É nas cidades (principalmente, as pequenas cidades) onde surgem as verdadeiras pérolas do nonsense. Certa vez a revista Mundo Estranho (da editora Abril) entrevistou advogados e professores de direito em busca das leis mais absurdas do país e o resultado foi hilário, com casos como o de Bocaiúva do Sul / PR (Decreto Municipal 82/97, de 19 de novembro de 1997) que proibia a venda de camisinhas e anticoncepcionais, quando a prefeitura passou a receber menos verbas do governo federal com a diminuição da população local (lei que teve de ser revogada 24 horas depois). Outro caso que beira o surreal é o de Barra do Garças / MT (Lei Municipal 1840/95, de 5 de setembro de 1995), onde foi aprovada uma lei para a criação de campo de pouso para OVNIs com 5 hectares. A cabeça dos vereadores é realmente um terreno fértil (pra não dizer outra coisa)... recentemente, o cantor e vereador de S. Paulo, Agnaldo Timóteo (PR), encaminhou um pedido ao prefeito da cidade sugerindo mudar o nome do Parque Ibirapuera para “Parque Ibirapuera Michael Jackson” e da sala “São Paulo” do Teatro Municipal para sala “São Paulo Michael Jackson”. Hein? Qual a relação com o cantor, que provavelmente nunca pisou os pés em nenhum dos dois lugares ou sequer fez algo pela cidade?


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Se há algum consolo nisto, leis até mais bizarras do que as nossas surgem em toda parte do mundo e não são nem de longe uma exclusividade. Talvez este recorde pertença aos Estados Unidos, onde Estados e até municípios tem autonomia para criar legislações próprias, de onde aparecem verdadeiras idiotices, como no município de Chico, na Califórnia, onde quem fosse o responsável por explodir uma bomba nuclear em seu território teria de pagar uma multa de 500 dólares... só resta saber pra quem!! Em municípios da França (Le Lavandou) e da Espanha (Lanjaron), por exemplo, já foi decretado que era proibido morrer devido a superlotação do cemitério local, medida válida até que um novo local fosse providenciado... enquanto isso, seus habitantes deveriam tomar mais cuidados com a saúde para não falecerem, o que seria uma violação da lei. *


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Mas enfim, o combate do problema focando apenas sua conseqüência ao invés da causa é algo mais comum do que parece e também não é uma exclusividade das autoridades. Talvez seja por conta de atitudes tomadas no impulso, sem uma pausa para refletir melhor (ou em certos casos, sem um mínimo de reflexão). É o mesmo que criar uma comoção para adquirir um balde, achando que assim o problema da goteira está finalmente resolvido!


(*) Fonte: Revista Super Interessante (edição 172 - janeiro de 2002)

terça-feira, 13 de outubro de 2009

- Trailer - Fear(s) of the Dark -

Você tem medo de que?

Ficha Técnica:
Título Original: Peur(s) du Noir
Ano de Produção: 2007
Direção: Blutch, Charles Burns, Marie Caillou, Pierre Di Sciullo, Lorenzo Mattotti e Richard McGuire

Quando se fala em animação é normal associarmos o gênero ao público infantil, mas os tempos estão mudando. Isto fica muito claro quando nos deparamos com filmes como Persépolis, Valsa com Bashir ou com o filme deste post, "Peur(s) du Noir", que chegou com um atraso de dois anos nos Estados Unidos e por enquanto, ainda é inédito no Brasil, mas que já virá com o status de pérola da animação.

O filme é composto por seis histórias de terror e suspense em animação, coisa rara de se ver hoje em dia, e cada qual sob a direção de um animador aclamado dos quadrinhos. Criadas de modo tradicional ou em computação gráfica, todas as histórias são em preto e branco e muito bem ambientadas, tendo em comum o tema "medo", seja ele do sobrenatural, da loucura, do desconhecido, etc.

Como uma pequena mostra, segue o trailer e um trecho da última das seis histórias que compõe esta belíssima animação francesa.


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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O Homem Morcego

Por que Batman faz sucesso?

No universo dos super-heróis das histórias em quadrinhos, acredito que existem mais de uma centena de defensores da justiça que através de suas habilidades fantásticas, se aventuram por aí em da ordem. Mas mesmo com tantos personagens fazendo basicamente as mesmas coisas, ainda que com poderes bem diferentes uns dos outros, alguns conseguiram maior notoriedade, como é o caso do Batman, um dos poucos super-heróis que não tem super poderes. Mas afinal, por que um herói que nada mais é do que um homem fisicamente normal, obcecado por justiça e que anda fantasiado pelas noites combatendo o crime com as próprias mãos fez mais sucessos que tantos outros super-heróis que voam e fazem coisas fantásticas? Talvez a resposta para isso seja justamente porque ele está mais próximo da nossa realidade... mas pra isso, precisamos conhecer melhor o herói e sua história.

Falar do histórico de um herói de HQ é sempre complicado, porque com o passar dos anos é normal que alguns pontos da sua origem sejam revistos para adequar-se ao presente. No princípio, quando foi criado por Bob Kane e Bill Finger, a origem do personagem demorou um pouco para ser focada desde sua primeira aparição 1939, na revista Detective Comics nº 27, e foi sendo construída aos poucos. Coube ao desenhista Frank Miller, na minissérie Batman: Ano Um, dar mais consistência e um tom mais sombrio a origem do herói. A chama que alimenta Batman se dá com o então garoto Bruce Wayne, filho do milionário médico Thomas Wayne e Martha Wayne, que assiste o assassinato de seus pais por Joe Chill, um ladrãozinho barato. Presenciar a morte dos pais causou um sério distúrbio psicológico no jovem que se empenhou com afinco em busca da vingança a qualquer preço, o que com o passar do tempo foi canalizado para a busca pela justiça. Ele viajou pelo mundo, buscou compreender a mente dos criminosos, aprendeu todas as artes marciais, técnicas de combate e desenvolveu seu aperfeiçoamento físico e mental.

Com isso, Bruce Wayne criou o Batman para combater o crime numa cidade onde os índices de criminalidade são caóticos, defendendo os inocentes e causando o pavor nos criminosos com o seu traje de morcego, animal que o amedrontava quando criança por conta de um trauma. Quando assume a identidade de Batman, ele altera significativamente sua voz para disfarce e intimidação, passa a ser alguém frio, determinado e implacável, utilizando diversos truques para criar uma aura de lenda urbana sobre si próprio. Durante o dia ele se esconde sob a imagem do playboy bilionário e displicente, filantropo e proprietário das Empresas Wayne, conglomerado de empresas dentre as quais está a Waynetech, do ramo da alta tecnologia. Na verdade, Batman não se trata de um justiceiro sem limites que sai pelas noites atrás de malfeitores... ele utiliza o seu personagem mascarado para intimidar, capturar e entregar os criminosos nas mãos da lei, mas nunca para matá-los.

Talvez o sucesso de Batman se dê por conta do colapso atual de diversos setores e valores como, apenas para citar alguns, a segurança pública ineficiente, corrupção na polícia, envolvimento de políticos e membros do ministério público com a criminalidade, psicopatas e loucos a solta, enfim, coisas que observamos todos os dias nos noticiários, do tipo de notícias como esta. Ou seja, é muito fácil associar a ficção de Gothan City com a realidade das grandes cidades. Ao ver o requinte de maldade dos crimes que ocorrem atualmente, é muito comum surgir essa sede por justiça e é justamente neste ponto onde o homem-morcego entra no nosso imaginário com tanto sucesso.

Nas HQs, ocorreram muitas características e fatos dramáticos que dão um tom ainda mais verossímil de realidade e que, para quem apenas conhece o mascarado através do cinema e da TV, é muito interessante e revelador. Apenas citando alguns:

• o mordomo Alfred tem formação em medicina de guerra, e sugere que já teve ligação com a Scotland Yard;
• a morte de um dos Robins (houve quatro), Jason Todd, pelo Coringa. Uma das características deste Robin era a instabilidade e o descontrole, sobretudo no combate aos criminosos, quando lutava com uma fúria incontrolável;
• Na chamada “fase de ouro” do herói, Batman teve um romance com Selina Kyle, a Mulher Gato, com quem se casou e teve uma filha, aposentando aos poucos o homem morcego. Quando ficou mais velho, assumiu o posto de comissário quando James Gordon se aposentou;
• Gothan City já sofreu um terremoto;
• a primeira Bat-girl (houve duas), Barbara Gordon (filha do comissário Gordon), perdeu o movimento das pernas por causa de um tiro do Coringa;
• Batman já foi seriamente ferido numa batalha com o vilão Bane, sendo obrigado a se retirar por um longo tempo, período em que foi substituído por Azrael, que com o passar do tempo perdeu o controle e ficou muito violento;
Dick Grayson, o primeiro Robin, assumiu o posto de Batman quando Bruce Wayne foi dado como morto, tendo Damian Wayne (filho de Bruce Wayne) como Robin.

Cinema e TV

Há quem acredite que a motivação para a criação do personagem surgiu num filme de terror de 1926 chamado “The Bat”. Em 1933, o diretor refez o filme sob o nome de “The Bat Whispers”, que o próprio Bob Kane dizia ser este o filme que o inspirou a criar o personagem... o contexto do filme é muito diferente, com um criminoso que se fantasia de morcego numa velha mansão para intimidar os visitantes, mas a imagem é bem parecida. Nos anos 40 foram feitos dois filmes sobre o herói por Roland West: “O Morcego” (The Batman – 1943) e “A Volta do Homem Morcego” (Batman e Robin – 1949), mas como era de se esperar, o figurino era desastroso.


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Em 1966 surgiu a série “Batman” na TV, que também rendeu um filme e que podemos seguramente dizer que foi a principal responsável pela popularização do herói. É claro que a série era voltada mais para o lado do entretenimento fácil, diálogos cheios de clichês ridículos, sem qualquer aprofundamento nas características dos personagens das HQs, inclusive colocando o personagem em vários momentos cômicos, como Batman surfando, lutando boxe, num debate político, dançando, as lutas, enfim... coitado do Batman nessa época!!! Mas não há como negar a importância da série para o personagem.


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Em 1989, Tim Burton assumiu a direção dos filmes de Batman e resolveu dar um ar mais sombrio ao homem morcego, num filme que foi um verdadeiro estrondo no cinema, com filas quilométricas e tratando do personagem com a seriedade que ele merecia (até então). Mas os fãs de Batman questionaram a escolha de Michael Keaton, que era muito baixo para o papel, além de algumas pequenas alterações na história do herói, como colocar o bandido que matou seus pais como o Coringa na sua juventude. Em 1992 veio a seqüência “Batman – O Retorno”, ainda mais sombrio e com a aparição do Pingüim e da Mulher Gato. O filme não teve o mesmo fôlego do anterior.


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A partir de 1995, Joel Schumacher assumiu a direção nos dois filmes seguintes, “Batman Eternamente” e “Batman e Robin”, dignos de esquecer. Nem mesmo as presenças de atores famosos como Val Kilmer ou George Clooney como Batman, Chris O’Donnell (Robin), Arnold Schwarzenegger (Sr Frio), Jim Carrey (Charada), Tommy Lee Jones (Duas Caras), Alicia Silverstone (Batgirl) ou Uma Thurman (Erva Venenosa) salvaram o filme do fiasco. De fato, os roteiros eram muito fracos e nem o melhor ator do mundo conseguiria escapar.

Até que chegou Christopher Nolan para salvar o prestígio do homem-morcego com os ótimos “Batman Begins” e “Batman – O cavaleiro das trevas”. Os dois filmes trataram o personagem com mais realidade, fundamentando sua origem, seguindo fielmente (ou quase) as HQs, construindo todo um lado psicológico tanto por parte do herói como por parte dos vilões. Com atuações memoráveis de grandes atores, incluindo aí o inesquecível Coringa de Heath Leadger. Está previsto para 2011 a estréia do terceiro filme desta nova fase (ainda sem nome), onde o assunto da vez é saber quem será a mulher gato, papel que já foi cogitado para Angelina Jolie, Megan Fox e mais recentemente, Charlize Theron.

E enquanto não temos um Batman (felizmente ou infelizmente?) para combater o crime com eficiência nas grandes cidades, ficamos na espera de outro filme do herói mascarado das HQs, para saciar (e entreter) a nossa sede por uma sociedade mais justa e segura.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Quando o melhor amigo perde espaço

A hipnose dos meios de comunicação

Uma situação muito comum na maioria das casas por aí, durante o horário nobre, é ter numa sala qualquer algumas pessoas harmoniosamente sentadas em frente de uma TV, rigorosamente calados, se tolerando mutuamente, hipnotizados pela programação que quase sempre não diz muita coisa. Ano após ano a arte da conversação morre um pouquinho dando lugar ao conteúdo oco dos "reality shows", dos humorísticos que repetem a mesma fórmula por mais de 30 anos, da notícia da vida de celebridades (que nem sempre tem grandes méritos por sua fama), dos pontos de vista e interesses inseridos nas entrelinhas das notícias, enfim, geração após geração parecem ser adestrados à se interessar e cuidar da vida alheia.

Nunca estivemos tão conectados e tão distantes uns dos outros como vem acontecendo hoje. Fascinados por nossas criações tecnológicas, temos mais assunto para falar com os outros através de ferramentas online do que a desenvoltura para fazê-lo pessoalmente. A interação passou a ser virtual, assim como as brincadeiras das crianças... enfim, nos tornamos tão dependentes destas criações sob a máxima do menor esforço, que estamos deixando num segundo plano coisas importantes como o contato, no sentido mais original da palavra.

Acredito que baseado neste pensamento, o canal TVE da Espanha bolou um comercial genial (me parece que um pouco antigo) que trata do assunto com muita criatividade e bom humor!! Um vídeo show de bola e que nos faz pensar sobre esse costume tão comum na vida de tantas pessoas.


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terça-feira, 25 de agosto de 2009

Sincronia

Precisão milimétrica

Quando eu era menino e ouvia os adultos dizerem que tal dia me levariam num cinema 3D, eu ficava coçando a cabeça tentando entender o que esse tal de cinema 3D tinha que o cinema normal não tinha. O que teria de especial naqueles óculos toscos? Demorou um pouco pra que eu aprendesse o que era o cinema 3d e que todas as coisas do nosso mundo tem 3 dimensões: a altura, a largura e a profundidade. Na verdade, o gênio Albert Einstein mudou tudo isso quando disse que na verdade tínhamos 4 dimensões: altura, largura, profundidade e o tempo.

No filme "O curioso caso de Benjamim Button", o personagem principal narra um trecho de forma brilhante mostrando o quanto as pequenas coisas estavam interligadas num acidente ocorrido com o personagem de Cate Blanchett, onde um segundo a mais ou a menos teria feito toda a diferença... uma perfeita sincronia de eventos. O acidente sofrido pelo piloto Felipe Massa é outro caso assombroso de uma fatalidade que teve uma sincronia tremenda... e se ele tivesse virado o volante um centímetro pro lado? E se ele tivesse ficado 1km mais lento ou mais rápido? Qualquer coisa mínima que ele tivesse feito diferente do que fez, provavelmente não teria acontecido o que aconteceu. O sincronismo dessas eventualidades é curioso!

E já que estamos falando em sincronia, o vídeo de hoje mostra uma sincronia fora de série da equipe olímpica japonesa de mergulho, onde um "sem-número" de participantes mergulham uns seguidos dos outros e conforme o vídeo vai seguindo, os intervalos do mergulho de um para o outro fica ainda menor. Fiquei até na dúvida se isso realmente aconteceu, tamanha é a precisão do intervalo. Infelizmente não descobri em que ano foi filmado, nem o nome da música que acompanha o show desses mergulhadores. Mas vale cada segundo!


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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O mal da internet

Propagação de fatos ou de boatos?

Algumas vezes, nos deparamos com algumas coisas na Internet que nos faz refletir sobre o comportamento das pessoas. Sabe aquela antiga brincadeira infantil em que vários participantes falam no ouvido do colega do lado uma frase qualquer e ao chegar no ouvido do último participante, a mesma frase já está totalmente diferente? Pois, como não poderia deixar de ser, isso também acontece na Internet. E este problema na maioria das vezes nem é pela índole das pessoas, que não está em jogo aqui... talvez seja por culpa da interpretação de cada um, que é muito diferente (pelo menos, é o que eu quero acreditar!!).

Em agosto de 2003, o planeta Marte alcançou a menor distância em relação à Terra em 60 mil anos. Todos os anos, o planeta Marte se aproxima bastante da Terra, mas em 2003 o planeta vermelho ficou a apenas 55,7 milhões de km, o que só vai ocorrer em 2287. E por que falar disso agora? Acontece que de lá pra cá, é só chegar o mês de agosto que vários e-mails chegam pra mim falando que no dia 27 vai haver “duas luas” no céu! E pelo jeito, isso acontece com mais pessoas também... em agosto do ano passado, o jornal “A Folha de SP” chegou a publicar uma matéria dizendo que o e-mail não passava de um boato, devido ao volume de pesquisas sobre o tema nos seus arquivos.

Em 24 de dezembro de 2007, Marte esteve a 88 milhões de km da Terra e a próxima vez em que o planeta vermelho vai estar bem próximo de nós será em 27 de janeiro de 2010, quando ficará a 100 milhões de km. Ou seja, ele está se distanciando. E mesmo que estivesse bem perto, dificilmente veríamos “duas luas” porque o brilho de Marte não se compara ao brilho da Lua. Marte apareceria no céu como uma estrela grande... foi o que aconteceu em 2003.

A Internet com certeza potencializou a propagação das notícias, mas nem todo mundo que passa pra frente o que leu busca avaliar as fontes, pesquisar, saber da veracidade dos fatos, etc. O jornalismo também sofre com isso... os blogs e microblogs (twitter) se tornaram ótimas ferramentas, como meios rápidos de passar a informação de uma forma mais livre e mais direta, mas isto também acaba se tornando um problema. Naturalmente, nos blogs e no twitter, muita informação errada é publicada (bem depressa) e repassada por aí como verdade. É claro que isso sempre aconteceu, desde os primórdios da imprensa escrita, mas o alcance da Internet é incomparável.

Para ilustrar o post de hoje, vão dois vídeos estreitamente ligados ao assunto. O primeiro deles é na verdade uma repostagem de um que já tinha sido publicado há muito tempo aqui no "Arte de Quem" e que fala do plágio, um mal que também é muito corriqueiro na grande rede. Neste vídeo, o cantor Tom Zé, participando do programa "Ensaio" da TV Cultura, fala de um episódio em que alguém o acusou de plágio em uma de suas músicas, o que acabou sendo pra ele uma ótima idéia para a música "Se o caso é chorar"! Coisa de gênio!!



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E o vídeo a seguir é sobre o boato das “duas luas” no céu, provavelmente feito por alguém que recebeu o tal e-mail, se empolgou e fez um vídeo inspirado na notícia "quase verídica".



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Créditos: Folha de SP

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Câmera lenta

O mundo sob uma ótica diferente

No último post sobre a gripe suína, foi mostrado aqui um vídeo interessantíssimo sobre os efeitos de um espirro filmado em câmera ultra lenta, demonstrando (de um jeito um tanto polêmico) que os bons modos de colocar as mãos na frente do rosto durante o espirro pode proteger as outras pessoas das gotículas que podem ser espalhadas pelo ambiente. Aproveitando a deixa do vídeo deste post anterior, hoje vamos explorar um pouco mais deste mundo dos vídeos filmados em câmera ultra lenta com quatro vídeos muito loucos!!!

É claro que nem tudo fica interessante filmado assim, mas certas coisas banais do dia a dia ganham outras perspectivas, muito mais dramáticas e curiosas como as que são mostradas nos vídeos a seguir. Um deles mostra um tapa dado na cara de um voluntário (coitado!) que é realmente muito curioso e nos faz pensar sobre a elasticidade e flexibilidade do nosso corpo.


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O próximo vídeo são vários objetos (um ovo, um copo de leite, uma maçã, uma embalagem de catchup, uma garrafa d'água e uma melancia) filmados em câmera lenta enquanto são atingidos por uma bala de revolver.


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E o último vídeo mostra algumas cenas filmadas do mesmo modo, captando detalhes que não conseguiríamos perceber em velocidade normal, como foi nos vídeos anteriores.


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E para fechar o post com chave de ouro, vamos ao outro extremo, num vídeo de velocidade acelerada que filmou a formação de nuvens sobre a cidade de Belo Horizonte (MG). Até parece um clipe do Pink Floyd. Vendo os vídeos, acho que ainda prefiro o ritmo normal da gente mesmo... Divirtam-se!


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sexta-feira, 31 de julho de 2009

Gripe Suína

A paranóia do vírus

E a gripe suína chegou com força no Brasil e o povo ganha mais um motivo pra se preocupar. Pra variar, já surgem na internet teorias conspiratórias sobre a gripe, falando de lobby da OMS, do Tamiflu e essas coisas que a princípio tem alguma lógica, mas que são difíceis de provar.

Assim como a gripe humana comum, a influenza A (H1N1) apresenta como sintomas febre repentina, fadiga, dores pelo corpo, tosse, coriza, dores de garganta e dificuldades respiratórias. Esse novo surto, aparentemente, também causa mais diarreia e vômitos que a gripe convencional. De acordo com a OMS, os medicamentos antiviral oseltamivir e zanamivir, em testes iniciais mostraram-se efetivos contra o vírus H1N1.

Ter hábitos de higiene regulares, como lavar as mãos, é uma das formas de prevenir a transmissão da doença. Além disto, deve-se evitar o contato das mãos com olhos, nariz e boca depois de tocar em superfícies, usar lenços descartáveis ao tossir ou espirrar, evitar aglomerações e ambientes fechados e ter hábitos saudáveis como hidratação corporal, alimentação equilibrada e atividade física. Caso ocorra a contaminação, 5 dias após o início dos sintomas, o paciente deve evitar sair de casa pois este é o período de transmissão da gripe A.

Clique na imagem, para ampliá-la

Com todo esse medo, está sendo muito fácil encontrar vídeos sobre o assunto: já vi vídeos que mostram a forma correta de lavar as mãos, vídeos explicativos, alguns mostrando o vírus em ação, vídeos com entrevistas de especialistas, trechos de noticiários, sátiras, enfim... é o assunto do momento no país, sem dúvida. Mas este que está postado aqui hoje no "Arte de Quem" é de um comercial australiano interessantíssimo que mostra numa câmera super lenta o quanto um espirro pode espalhar as gotículas que podem contaminar as demais pessoas com a gripe. Vale a pena ver!


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Fontes: Wikipedia; Imagens: da internet

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Sarney e sua vida pregressa

Sarney na mira da câmera de Gláuber Rocha

E hoje vamos falar de política aqui no "Arte de Quem"... e já que vamos tratar do assunto, o que é mais adequado do que falar de alguém que está na mira dos holofotes, de um político dedicado e protetor da causa familiar do que o Sr. José Sarney? Através de atos secretos (ou não), o clã Sarney ocupa cargos públicos no Senado na maior naturalidade há algum tempo, o que se tornou um escândalo recentemente... e não pára de crescer. Mas como o brasileiro é um povo sem memória, aí está o presidente do Senado e aqui está a postagem, para lembrar dos fatos.

Este senhor que começou na vida política em 1950 e foi eleito pela primeira vez deputado federal em 1955. Já foi membro da UDN (da ditadura de Getulio Vargas), da ARENA (da ditadura militar), do PDS (partido que barrou as "diretas já!") e quando virou moda, pulou pro PMDB e foi presidente da república ao assumir o posto depois da morte do eleito Tancredo Neves. Quando deixou o cargo, deixou também um país com o alarme ligado. E como todos sabem, hoje ele está sendo caçado em campo aberto pela opinião pública. Sobre o escândalo dos atos secretos, foi justificado de que isso fazia parte de sua pregressa, ou seja, anterior à sua eleição para a presidência do Senado e, pela boca do próprio, que ele não poderia ser julgado! Como não?

Mas já que a vida pregressa do Exmº Sr. Presidente do Senado não pode ser julgada, vamos tocar em alguns detalhes importantes como, por exemplo, o fato de que na década de 80, quando presidente, autorizou a distribuição de concessões de TV, da qual a sua própria família detém 3 retransmissoras de televisão afiliadas à Rede Globo, fato citado no documentário "Brazil - Muito Além do Cidadão Kane" (veja o filme online aqui!) produzido pelo Channell 5 (e já publicado aqui no Arte de Quem), o grande pesadelo da rede Globo, que faz de tudo para colocá-lo no limbo do esquecimento.

A vida pública de Sarney, fora dos escândalos, também não é nenhum objeto de orgulho. Quando assumiu a presidência da república, no lugar do então recém falecido Tancredo Neves, candidato eleito, sua posse foi um tanto tensa pois havia dúvidas constitucionais sobre se seria ele ou o presidente da Câmara dos Deputados na época, Ulysses Guimarães, quem deveria assumir o posto. Foi decisivo para sua posse o apoio do general Leônidas Pires Gonçalves, indicado por Tancredo Neves para Ministro do exército, que apoiou a posse de Sarney. O mandato de Sarney ficou marcado como o retorno da democracia, mas também de uma crise econômica que tinha uma superinflação galopante, alcançando espantosos 2.751% ao mês. Sob sua gestão, no Maranhão a coisa também não foi diferente: segundo a revista Veja, "o resultado desse domínio é visível a olho nu: a família Sarney está milionária, mas o Maranhão lidera o ranking brasileiro de subdesenvolvimento".

Parece perseguição, mas a revista Veja também publicou, desta vez em 14 de maio de 1986 na reportagem "Debaixo do Pano", sobre o emprego da sua filha (Roseana Sarney, atual governadora do Estado do Maranhão após o TSE cassar o eleito Jackson Lago), funcionária permanente do Senado, mas sem qualquer tipo de concurso ou publicação no Diário Oficial (ou seja, por um ato secreto, exatamente o mesmo motivo pelo qual Sarney vem perdendo o sossego atualmente). Roseana "ganhou" o emprego um pouco antes de seu pai assumir o cargo de presidente da república, num escândalo que ficou conhecido na mídia como "trem da alegria", mas que não deu em nada.

Leia a reportagem na integra (Clique na imagem para ampliá-la)

Como membro da Academia Brasileira de Letras, também sobram críticas para ele. Autor de 22 obras, já foi criticado duramente por Millôr Fernandes, que disse que sua obra "Brejal dos Guajás" era "uma obra-prima sem similar na literatura de todos os tempos, pois só um gênio poderia fazer um livro errado da primeira à última frase (...) em qualquer país civilizado Brejal dos Guajas seria motivo para impeachment".

Por conta dos atuais escândalos, foi criado um site com a campanha virtual "Fora Sarney!" onde é demonstrado com todo ardor o protesto dos visitantes e participantes, mas não é a primeira vez que criam campanhas (hostis) em homenagem ao presidente do Senado. Em 2006, também houve a campanha "Xô, Sarney!" no Amapá, estado pelo qual foi eleito senador. E as patadas vem até de fora do país, como foi dada pela revista britânica "Economist" na reportagem "Onde os dinossauros ainda vagam" que fala sobre sua eleição no Senado brasileiro afirmando que a "eleição de Sarney no Senado é vitoria do semifeudalismo", e um passo pra trás no desenvolvimento do país.

Na verdade, nunca deixou de faltar pedras no sapato de Sarney... em 1966, o cineasta brasileiro Glauber Rocha produziu o documentário "Maranhão 66", onde foi filmado a sua posse como governador do Estado, mesclando cenas da dificuldade do povo maranhense no dia a dia, o que fez o atual presidente do Senado não ficar muito contente com o filme, posteriormente. Este documentário, que foi adicionado como parte do material extra no relançamento do DVD "Terra em Transe" de Gláuber Rocha, é a origem das cenas que veremos a seguir.

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Fontes: Wikipédia, Folha Online, Revista Veja, Fora Sarney, The Economist e o documentário "Muito Além do Cidadão Kane"

segunda-feira, 20 de julho de 2009

40 anos da chegada do Homem na Lua

A Apollo 11 e o seu feito

Depois de algum tempo sem novidades aqui no "Arte de Quem" por motivos de força maior (leia-se "falta de tempo" mesmo), vamos voltar à ativa com um vídeo que tem tudo a ver com o dia de hoje, aniversário de 40 anos da chegada do homem à Lua. Uma curiosidade que mostra o tamanho do feito de Neil Armstrong e cia, é o tamanho da memória do computador de bordo da Apollo 11, que era de 72kb... ou seja, do tamanho de um arquivo de word de 11 páginas. Mas voltando ao assunto, o vídeo de hoje na verdade é uma experiência famosa realizada pela Apollo 15.

Mas antes, vamos dar um pulo até a idade média e falar de um cientista italiano: Galileu Galilei. Como todos sabem, além de cientista ele era também matemático, astrônomo e filósofo e é considerado o pai da ciência moderna. Defensor do heliocentrismo e perseguido pela igreja católica na época, ele propunha em uma de suas teorias que objetos de massas diferentes cairiam na mesma velocidade em ambientes com ausência de atmosfera, teoria provada no vídeo abaixo, em que o astronauta comenta a teoria e solta no propício ambiente lunar uma pena e um martelo.

Apesar do vídeo ser muito interessante e revelador, há quem conteste sua veracidade, alegando que este experimento teria sido produzido em estúdio.



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sexta-feira, 26 de junho de 2009

Trailer - Tenacious D - Uma dupla infernal

Tenacious D - A banda do Jack Black (e do Kyle Gass)

Ficha Técnica:
Título Original: Tenacious D in the pick of destiny
Ano de Produção: 2008
Direção: Liam Lynch
Com: Jack Black, Kyle Gass, Ben Stiller, Tim Robbins, Ronnie James Dio, Dave Grohl e Meat Loaf.

Algumas vezes, quase sempre por acidente, antes de assistir um filme nos deparamos com alguns trailers muito bons, que nos faz "descobrir" alguma pérola. É claro que trailer é um bicho traiçoeiro e é pensado justamente para atrair público... muitas vezes ficamos super empolgados com o trailer e ao assistir o filme, é como se ficássemos com aquela cara de idiota dos desenhos animados de humor negro (como os do pica-pau ou do pernalonga), quando o personagem é passado pra trás. Mas voltando ao assunto, com o filme Tenacious D - Uma dupla infernal foi assim pra mim... um trailer muito curioso.

Na verdade, o filme de hoje nem é tão espetacular assim pra merecer um post, mas ele é diferente em vários sentidos. É uma comédia musical sobre o rock, que apesar de ser em muitos pontos politicamente incorreta, também é de certa forma uma crítica ao mundo do show bussiness, além de ser a história (fictícia e bem humorada) da banda Tenacious D (que existe de verdade), do ator Jack Black (de "Alta Fidelidade", "O Amor é Cego", "Escola de Rock", "King Kong", entre outros) e do ator Kyle Gass, ambos protagonistas do filme. Todas as músicas foram compostas por Jack Black e Kyle Gass, que com muito bom humor, muitas vezes tratam da ambição dos músicos em se tornarem os melhores do mundo do rock.

O filme "Tenacious D - Uma dupla infernal" conta a história de como J.B. (Jack Black) e Kyle Gass se conheceram e se juntaram para formar a banda, enfrentando a difícil empreitada de se dar bem no mundo da música. Com a dificuldade em conseguir, eles decidem participar de um concurso de bandas de um bar e para isso, percebem que precisam compor uma obra prima. Por um mero acaso, notam que os grandes guitarristas do rock usam o mesmo modelo de palheta e ao procurá-la, descobrem que essa palheta na verdade foi feita a partir de um pedaço do dente do demônio na idade média e que passou pela mão dos grandes da música desde então. Ao saber disso, eles decidem roubar a palheta que está muito bem guardada no Museu do Rock para assim, conseguirem compor a melhor música do mundo e alcançar o sucesso.

Sobre a banda Tenacious D, ela é realmente muito boa e, sem prestar muita atenção na letra, tem músicas ótimas. Tanto assim que o ator Jack Black ao participar de um tributo a banda The Who, cantou com acompanhamento das bandas Pearl Jam e Flaming Lips e ao final, o vocalista do The Who, Roger Daltrey, impressionado com a atuação do ator, falou para quem quisesse ouvir que Jack Black estava no ramo errado e que ouvi-lo naquela noite, teve um impacto tão grande para ele como da primeira vez em que ouviu Elvis Presley! Desde então, Roger Daltrey tenta convencer Jack Black a se tornar um rockstar em tempo integral. Que responsabilidade!!

A seguir, vai o trailer do filme, além de um pequeno trecho do filme e uma apresentação ao vivo da dupla em Sidney, na Austrália, com direito até a uma paródia no início, da música "Chop Suey" da banda System of a Down. Vejam e tirem suas conclusões.


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